quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Marina

I

dois corpos nus numa
cama - o domingo se levanta.
numa casa que não é minha -
nem sua.
o simples toque nu de sua
perna na minha
transmite força para todo
um Universo.

seu deleite e seu corpo
me deixam aturdido.
o fim bate sempre à
porta.
em seu olhar encontrei
um ambiente silencioso.

II

ela veste pouca parte
do corpo - de curvas
mortais -
e vê o dia pela janela;
eu somente a olho.
só tenho
um foco.

III

noite de devaneios
violentos.
acuso todos os inquisitores
de hipócritas!

IV

o mundo dela não é
o mesmo que o meu.
sou confuso;
ela é livre.

e quando chega
o fim
do dia,
durmo sozinho. 



(barco ébrio)

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