I
dois corpos nus numa
cama - o domingo se levanta.
numa casa que não é minha -
nem sua.
o simples toque nu de sua
perna na minha
transmite força para todo
um Universo.
seu deleite e seu corpo
me deixam aturdido.
o fim bate sempre à
porta.
em seu olhar encontrei
um ambiente silencioso.
II
ela veste pouca parte
do corpo - de curvas
mortais -
e vê o dia pela janela;
eu somente a olho.
só tenho
um foco.
III
noite de devaneios
violentos.
acuso todos os inquisitores
de hipócritas!
IV
o mundo dela não é
o mesmo que o meu.
sou confuso;
ela é livre.
e quando chega
o fim
do dia,
durmo sozinho.
(barco ébrio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário