Vaguei pela areia da praia
durante toda uma madrugada.
Insultei o mar;
chutei a areia;
corri feito uma criança louca;
molhei os pés;
deitei para olhar as estrelas;
fumei à espera do amanhecer.
Nos primeiros raios do Sol
assestei o arco e
atirei uma flecha para o céu!
Aguardei seu encontro -
exato - no centro do meu peito.
Aberto.
Nu!
Aberto.
Nu!
A flecha caiu a metros de distância,
não veio ao meu encontro.
Não se enterrou em mim...
Fitei solenemente
o encontro do mar com o céu.
Dei passos sem rumo.
Me embriaguei com vinho.
Dei passos sem rumo.
Me embriaguei com vinho.
Deitei na areia tórrida
e me entreguei ao palácio,
cujo portal é o sonho.
(barco ébrio)
Amei essa "perdição" de si mesmo, com o encontro desarrumado entre o mar e o céu. Acho que foi o que eu mais gostei dos seus... Saudades
ResponderExcluirCamila Castro